




Planificações
BREVE INTRODUÇÃO
O ritmo a que o conhecimento aumenta nos nossos dias é extremamente elevado o que obriga ao alargamento das áreas curriculares muito para lá dos conteúdos. De facto é cada vez mais importante que os intervenientes de todo o processo ensino/aprendizagem tenham presente a necessidade de alargar o currículo até às necessidades societárias, procurando que dessa forma as pessoas se formem e transformem, numa atitude de saber, de ser, de decidir, de intervir, de se sentir útil e importante como elo da sociedade a que pertence.
Nos últimos tempos, assistimos continuamente a um desenvolvimento científico e tecnológico muito acentuado, sobretudo nas sociedades mais desenvolvidas aos níveis económico e cultural. Estas alterações acabam sempre por ter implicações na definição da estratégia política e na dinâmica social dos povos, provocando entre outros efeitos, um debate intenso sobre as mais diversas questões educativas e qual o seu papel e influência que podem ter no desenvolvimento societário.
A aprendizagem não é um dado adquirido, algo que queremos ou temos necessidade, é ao contrário um processo construtivo, que implica um percurso, através do qual a sua construção é possível.
Percurso que deve ser definido, planeado, se não for muito bem preparado, pode levar a um fim inesperado, isto é, um caminho aleatório levará certamente a um destino não esperado.
“O planeamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes” – Peter Drucker
Para atingirmos os resultados esperados é necessário um esforço muito bem direccionado, que permita conduzir o que empreendemos num determinado sentido muito bem definido, isto é, de acordo com o planificado. Podemos pois concluir que a planificação é a base par alcançar o sucesso, sem a mesma qualquer projecto ficará comprometido. É através da planificação que conseguimos a organização necessária, dado que desta forma é-nos permitido caminhar sequencialmente as etapas pré-determinadas, sabendo para onde vamos e onde pretendemos chegar.
Planificar tornou-se assim uma actividade vital para qualquer organização.
A escola e os professores estão deste modo obrigados a dedicar-se a esta temática com o maior rigor. Assim os professores dedicam cada vez mais tempo a esta actividade, sabendo que o seu sucesso depende em muito desta tarefa.
“ A escola é a unidade básica de referência para o desenvolvimento do currículo. Para o efeito, esboça as linhas gerais da adaptação do programa às exigências do contexto social, institucional e pessoal, e define as prioridades. Será, porém, o professor a concretizar, com a sua actuação prática, essas previsões. E só ele poderá adoptar as decisões já antes referidas. Ele realiza a síntese do geral (programa), do situacional (programação escolar) e do contexto imediato (o contexto da aula e os conteúdos específicos ou tarefas).” (Zabalza, 2000: 46)
Planear é definir com clareza o que se pretende do aluno, da turma, ou do grupo. É uma actividade que consiste em definir e sequenciar os objectivos do ensino e da aprendizagem dos alunos, determinar processos para avaliar se eles foram bem conseguidos, prever algumas estratégias de ensino/aprendizagem e seleccionar recursos/materiais auxiliares.
Na perspectiva construtivista a planificação passa pela criação de ambientes estimulantes que propiciem actividades que não são à partida previsíveis e que, para além disso, atendam à diversidade das situações e aos diferentes pontos de partida dos alunos. Isso pressupõe prever actividades que apresentem os conteúdos de forma a tornarem-se significativos e funcionais para os alunos, que sejam desafiantes e lhes provoquem conflitos cognitivos, ajudando-os a desenvolver competências de aprender a aprender (Zabalza, 2001).” (Fátima Braga et al., 2004:27)
Tipos de planos:
Longo prazo: ano lectivo
Médio prazo: período ou unidade
Curto prazo: aula ou pequeno número de aulas
